quinta-feira, 3 de março de 2011

Cheio-vazio-escrito-apagado

Estava vendo no SKOOB quais livros ainda não lí e colocando-os na minha lista de intenções de leitura, Jorge Amado, Saramago etc... me senti num mar de letras de mágicos escritores, deuses controladores da qualidade da escrita...me senti pequena, sem inspiração ou criatividade...uma mera repetidora de ideias inculcadas em mim desde cedo...

Nessas horas 'travo', não consigo produzir nem uma dissertação, quanto mais um texto literário...

Já sei que todos os escritores já sentiram isso em algum momento, mas é incrível como um sentimento parece novo quando o sentimos pela primeira vez.

Por hoje, fiquem com esse poema:

Cheio-vazio-escrito-apagado

Meu vazio torna-se cheio,
letras e números
sinais e figuras
num emaranhado de Nada

bichos internos na areia de meus pensamentos
soçobram inquietantes
covardemente guardados
Coragem!
Encare os tormentos...

Mas a água há de lavá-las,
ideias bobas, fantasmas infantis...
o amanhecer está próximo, com chuva e com sol,
esperemos o milagre, procuremos o arco íris!

Sueli dos Santos Vitorino (3/3/2011)

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